Escola tradicional e reprodução da mesmice
Esse é 1 dos temas q há tempos kero tratar. Tomei ânimo pra falar um pouco sobre o assunto agora, pq encontrei esse texto ótimo e resolvi aproveitar ele pra ilustrar o tema.
O texto é muito engomadinho por algum motivo, cheio de firulas linguísticas inúteis e desnecessárias. Até chuto q seja insegurança do autor, tentando, num texto q critica a escola, demonstrar q ele é "letrado". Devido a alguns erros no texto, q tomei a liberdade de corrigir (por exemplo, no original ele usava "conformidade" no lugar de "conformismo" ), ele naum é tão bom na área linguística como quis tentar fingir ser. Mas peço a paciência dos q, como eu, naum gostam dessas frescuras, pq o conteúdo por trás delas justifica o sacrifício de lê-lá-lhas.
Escola tradicional e reprodução da mesmice
A função da escola deveria ser criar consciência, e não reproduzir a mesmice. Paulo Freire já dizia que uma educação libertadora não é compatível com a idéia de doação do conhecimento e, muito menos, com a infantilização do receptor, fato que perpetua a relação dominador/dominado.
Escrito por Rose Maria (http://www NULL.aldeiaplanetaria NULL.com NULL.br/outra/vida-alternativa/escola-tradicional-reproducao-da-mesmice/)
Todos sabemos do papel fundamental que a escola desempenha na formação e na socialização do indivíduo. A sociedade, “pelo curso natural das coisas e graças à inteligência humana”, se tornou por demais complexa e o núcleo familiar perdeu o domínio da situação ou faltou à família tempo para acompanhar adequadamente a educação dos filhos. Coube à escola preencher esta lacuna, que jamais deveria ficar em aberto.
Mas a escola monopolizou o saber. É ela quem legitima o que é certo ou o que é errado, o que é importante e o que é supérfluo. Cabe, então, analisar e esclarecer alguns pontos nesse emaranhado de boas intenções.
Antes de tudo, essa é uma sociedade industrial por excelência e não apenas “complexa”. A esta sociedade interessa a reprodução exata de uma elite dominante e uma massa passiva de consumidores. Interessa, também, a crença que a industrialização é o que de melhor pode acontecer a um país e que o consumo oferece a obtenção de conforto, bem estar, respeito e veneração.
A escola, segundo Everett Reimer, treina ouvidos para aceitarem respostas padronizadas. Os valores ideológicos, instilados paralelamente ao conhecimento objetivo, reforçam a crença que o desejo e a necessidade do homem é consumir. Ela existe para justificar a existência de um dado conjunto de relações de produção e preparar a inserção dos indivíduos no processo produtivo.
Paulo Freire já dizia que uma educação libertadora não é compatível com a idéia de doação do conhecimento e, muito menos, com a infantilização do receptor, fato que perpetua a relação dominador/dominado.
- Em 1977 a banda inglesa de rock progressivo Pink Floyd lançou o álbum The Wall, transformada em filme em 1982 sob a direção de Alan Parker. A cena marcante de The Wall é a que estabelece um paralelismo visual entre a escola e uma cinzenta linha de montagem fabril. A escola repressiva e sem lugar para a criatividade cria seres humanos embrutecidos.
Departamentos estanques
As diversas áreas e disciplinas são departamentos estanques que se ocupam de assuntos que não se interligam num conjunto. Essa desarticulação, onde o conhecimento fica dividido e classificado, dificulta uma visão ampla, uma tomada de consciência global de uma situação. Então a visão do todo é encarada como elemento secundário na formação da criança e do adolescente, já que as áreas de estudo são instrumentos autônomos de abordagem de realidade.
Sistematizando e reproduzindo saberes específicos e compartimentados, a escola se torna a geradora de todas as pré-condições para que a elite possa se perpetua, de uma forma socialmente justificável, no controle dos meios de produção e na estrutura de prestação de serviços. Indiretamente, ela passa a contribuir para o fortalecimento da economia de mercado, a alimentando com novos produtores prontos para a aceitação de um papel passivo dentro de um modelo burocrático-fabril e domesticando novos consumidores cuja angústia básica deverá ser a da obtenção de recursos para mais consumir.
É notório o divórcio que há entre o saber acadêmico e a realidade cotidiana. Os conteúdos não se amoldam às peculiaridades e especificidades de cada região.
O indivíduo não é aproveitado na totalidade de sua capacidade criativa e criadora. Quem desenvolve uma atividade produtiva normalmente o faz em detrimento de alguns de seus interesses fundamentais, pois a excessiva especialização conduz a um uso unidirecionado das aptidões que poderiam estar-se desenvolvendo, simultaneamente, em vários sentidos diferentes. E muitos chegam a acreditar seriamente na suposta inutilidade de determinadas áreas de conhecimento. Dispensam ao estudo das artes, por exemplo, o seu tempo de lazer, “só para estar fazendo alguma coisa”.
Essa dissociação entre lazer e trabalho é outra coisa que merece atenção. A discussão perpassa pela velha história de sentir prazer no trabalho e não apenas carregar fardos por um salário que garanta (garante?) a sobrevivência. (Por que a idéia é sempre sobreviver e não viver???) Quando o trabalhador aceita a dicotomia trabalho X lazer não estaria ele aceitando sua própria divisão? Ou mais: não estaria ele confirmando sua alienação?
É impossível para um mesmo indivíduo dominar um grande número de linguagens específicas e pertencer a uma infinidade de grupos profissionais privilegiados: são criados rígidos critérios de acesso a cada profissão. Os privilegiados são aqueles cujo monopólio se baseia, justamente, no domínio de uma linguagem incompreensível para os demais. Considerando a impossibilidade de um mesmo indivíduo dominar um grande número de linguagens, resta a ele assumir, em relação aos bens e serviços que está legalmente incapacitado de produzir, a condição de mero consumidor.
As escolas de 2º Grau e os cursinhos pré-vestibulares exigem do educando uma formação humanística básica, um conhecimento superficial e abrangente de todas as áreas do saber. Não se pensa em cultura humanística com um sentido integrador ou formador de uma cosmovisão.
Toynbee assim se manifesta sobre essa concepção de educação:
A especialização excessiva me parece um dos maiores obstáculos quando desejamos obter uma educação no sentido amplo da palavra. (...) Existe uma grande variedade de dons naturais entre os seres humanos e todos são válidos e até mesmo indispensáveis para o bem estar da humanidade. Mas esses dons são apenas potencialidades e não se tornam realidade efetiva a menos que sejam estimulados e treinados.
Nos parece, no mínimo, precipitado afirmar que, unicamente pelo fato de ser um país desenvolvido, o USA proporcionaria a seus cidadãos uma melhor qualidade de vida. Que se compare, por exemplo, a situação de americanos de classe média e a de habitantes das regiões montanhosas do Tibete; qual destes povos teria solucionado melhor seus problemas fundamentais de convivência com o meio? Em qual deles haveria menos tensão social?
Desde os últimos anos do 1º Grau, os estudantes aprendem a comparar seu país com o resto do mundo a partir de conceitos desenvolvimentistas onde só a industrialização é sinônimo de felicidade, bem-estar e progresso para a Nação. Como esses conceitos, na prática, se tornam instrumentos altamente “científicos” de avaliação e medida, o adolescente passa a acreditar que só um maior número de grandes e modernas indústrias pode trazer a paz e uma vida mais digna para todos e passa a compartilhar do delírio desenvolvimentista, entrando num processo já instaurado e garantindo a continuidade dessa sociedade industrial.
Seria exagero afirmar que a escola é um dos principais agentes de alienação cultural e conformação à ideologia dominante? Será que estamos sendo radicais e severos? Estaremos vendo fantasmas pelos cantos? Ou será que todo esse conformismo e passividade frente aos mais grotescos absurdos, todo esse desrespeito ás individualidades é fruto de nossa desconfiada imaginação?
Por muitos anos eu pensei praticamente dessa forma e hoje ainda mantenho boa parte desse pensamento. Escola é um ambiente hostil, onde pessoas medíocres cometem crimes contra a dignidade e os direitos humanos básicos, q se fossem feitos por adultos resultariam no mínimo em processos por indenização moral, ou mesmo por calúnia e difamação. Muitas escolas, em seus discursos de marcketing, dizem formar os alunos pra vida, mas são coniventes e omissas, e deixam os adolescentes aprenderem na marra a viver em sociedade, sem o mínimo de orientação.
Lembro muito bem dos traumas vividos com uma professora, bruaca e mal amada, o pior tipo possível de gente. Eu já naquela época tinha como mais q óbvio q multinacionais só vem pro Brasil em busca de mão-de-obra barata e de exterminar ou comprar as empresas locais pra monopolizar o mercado, e essa tal fazendo grandes campanhas a favor dessas empresas, dizendo q elas trazem emprego pra população0 e devem ser recebidas em tapetes vermelhos. É claro q muitas empresas locais tratam muito mal seus funcionários, e tb q muitas multinacionais dão ótimas oportunidades pros melhores profissionais da região onde se instalam, mas isso é excessão.
O fato é q hoje a aquisição de conhecimento é quase q unicamente voltada pro uso profissional. A curiosidade foi anulada pela falta de tempo, Energia e ânimo, q são todos sugados da população pelas empresas. A criatividade ainda permanece, mas novamente ela só pode ser devidamente desenvolvida no ambiente profissional - em profissões bem específicas, já q a maioria se limita a repetir atividades básicas e robóticas -, ou por pocos ricaços q naum precisam trabalhar - por colocarem centenas ou milhares de pessoas pra trabalharem pra eles e doarem boa parte do produto do seu trabalho.
O ensino tem avançado em quantidade e duração, mas a qualidade permanece baixa. O resultado é a formação de legiões de maus profissionais, formadores da mão-de-obra barata, q roubam emprego dos ou no mínimo ofuscam os bons profissionais. E pior, práticas detestáveis e clássicas das escolas, como a cola e o uso de trabalho alheio, vem nos últimos anos se espalhando tb nas empresas. Isso intensifica a força da politicagem e das aparências, com pessoas incapazes sendo indicadas pra cargos mais altos enquanto os bons profissionais permanecem stagnados no nível tecnico, q é onde as empresas efetivamente produzem e caminham.
Com isso, hoje usamos o ensino unicamente pra aumentar nosso salário (isso qd realmente conseguimos salário maior como resultado de algum curso q fazemos, já q na maioria das vezes o curso serve tão somente pra evitar uma demissão) através de comprovantes e certificados, enquanto q é no trabalho q aprendemos oq sabemos, pq nesses cursos naum é ensinado nada de útil.
Veja a área da computação por exemplo. A cada 3 ou 4 meses algum jornal faz matéria dizendo q falta funcionários nessa área, q naum é formado gente suficiente e muitas empresas permanecem com vagas abertas, com direito a empresários reclamando da escassez. Mas basta conversar com alguns profissionais da área pra ver a insatisfação e a vontade de mudar de profissão, por causa dos baixos salários, das infrações aos direitos trabalhistas (funcionário sendo tratado como empresa, terceirização ou o chamado CLT-flex), do desrespeito ao profissional, e de quebra das empresas cobrando constante atualização de conhecimento sem proporcionar dinheiro e tempo pra q isso seja viabilizado.
Ora, naum há _falta_ de profissional no mercado, oq há é _escassez_. Profissionais existem aos montes. Se a empresa tá com vaga aberta, basta oferecer mais vantagens sobre a concorrência e os profissionais vão querer sair das suas empresas atuais e ir pra essa, mais vantajosa. Mas isso elas naum querem, pq pra isso é preciso valorizar o profissional, e dar benefícios depois de o conquistar pra evitar q ele saia.
Oq as empresas querem é o "proficional" desqualificado e incompetente, q aceita receber uma mixaria pra fazer um serviço de baixa qualidade, de preferência estudantes q possam ser estagiários (profissionais sem experiência ou com dificuldade de arrumar emprego, q se rebaixam e aceitam trabalhar sem receber os direitos trabalhistas) ou recém-formados q só falta quererem trabalhar de graça pra conseguir colocar alguma experiência profissional no currículo.
Por isso os empresários contratam essas matérias e de bom grado dão entrevistas. Querem atrair os desavisados pra aumentar a quantidade de pessoas se oferecendo de graça ,e dessa forma poderem baixar os salários. Assim, em vez de precisarem bajular e enxer os funcionários de benefícios e vantagens pra q eles permaneçam na empresa, basta ameaçar demitir q ele fica caladinho trabalhando.
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Essa não é a primeira vez que acontece isso ¬¬' Vontade de matar essa pessoa…
Sò não passei aqui antes pra avisar pelo caos que virou minha vida…
Espero que entenda.. e que me desculpe qualquer coisa…
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Nossa… qt tempo…
Há 1 década atrás eu fikei sem tempo e parei de dar atenção pros meus sites. Mantive eles ativos, paguei domains e host, mas passei mais de ano sem entrar neles. Essa auxência incluiu ver e aprovar comments, e nisso eu nunca vi esse seu…
Só agora eu vi, e aprovei. Agora… MSN e yorkut acabaram há anos, axo q perdemos contato por completo :/
Fico muito feliz de ver q vc lembrou de mim e tentou me encontrar. Eu nunca eskeci ninguém. Brigado mesmo por ter tentado ;_;
Entrei agora no seu site, fico feliz dele tb estar ativo ainda, último post de 2013. Lembra qd vc me pedia pra revisar seus textos? Eu nem fazia ideia de como fazer. Devia ter dado mais atenção pra eles.participate